Confusão no Rio atrasa jogo do Botafogo na Libertadores; Torcida do Peñarol causa tumulto e 280 pessoas são detidas.

O jogo Botafogo x Peñarol, válido pela Libertadores e marcado inicialmente para as 21h30 (de Brasília) no Nilton Santos, começou com 15 minutos de atraso.

A Conmebol determinou a mudança para 21h45 cerca de uma hora antes do horário previsto para a bola rolar. Os times jogam no Rio de Janeiro pela ida da semifinal do torneio continental.

O Peñarol afirmou que o ônibus com os jogadores da equipe foi atacado. Um dos dirigentes do clube alegou, no Twitter, que o veículo rodou por duas horas no trajeto do hotel ao Nilton Santos e que foi alvo de pedradas.

A delegação da equipe uruguaia esperou, ainda na rua, o ônibus do Botafogo entrar no estacionamento do estádio. Em meio à espera, houve confusão em uma espécie de "corredor de fogo".

Dezenas de uruguaios, torcedores do Peñarol, acabaram detidos pela polícia por promoverem baderna no Rio de Janeiro.

De repente, uma correria na Praia do Recreio, Zona Oeste do Rio. Homens, a maioria com a camisa amarela e preta do time uruguaio Peñarol, começam uma confusão generalizada.

"Eles estavam com uma porção de garrafa de cerveja, começaram a pegar cerveja, aí vieram os camelôs, começou o tumulto generalizado”, conta um homem.

"Não vou nem dizer torcedores, mas criminosos com camisas do Peñarol. Tiveram um pequeno problema que foi um deles que furtou um celular. A crise começou a escalar, Uma cena lamentável", diz Victor Santos, secretário estadual de Segurança do RJ.

PMs do Batalhão Especializado em Policiamento de Estádios não conseguiram conter a confusão e chamaram reforço. No tumulto, um ônibus de turismo dos uruguaios foi saqueado e incendiado.

A pancadaria durou quase uma hora e meia até que os policiais conseguissem controlar a multidão. Os envolvidos foram levados de ônibus até a Cidade da Polícia para prestar depoimento. Foram mais de 280 detidos.

O secretário de Segurança Pública admitiu que houve falha no planejamento.

"Acho que subestimamos aquele efetivo que estava ali de policial, achando que ele poderia agir e conter, pelo menos no que diz respeito a esses três ônibus que estavam parados na orla. Lições aprendidas, e fazer com que isso não aconteça novamente”, diz Victor Santos, secretário de Segurança.

O governador do Rio disse que os detidos não vão assistir ao jogo e terão que sair do estado. Mas a polícia informou que pelo menos 20 vão permanecer presos.